Este post explica implicitamente porque é que nas aulas de Português os alunos podem discordar fortemente de interpretações oficiais de certos excertos poéticos.
Como cada qual descodifica o que vê/lê de acordo com aquilo que lhe faz mais sentido, é natural que as interpretações possam divergir entre indivíduos.
Mas uma vez mais a sociedade (neste caso a escola) força-nos a expressar de um modo padronizado aquilo que vemos. A tal ponto que passamos a adquirir uma tendência para analisar de um modo semelhante novas obras. Passamos a ter uma mente moldada pela estrutura vigente. Mas o facto de aprendermos esta capacidade comum, enriquece certamente o nosso conhecimento e capacidade de análise.
O exemplo que eu refiro funde-se (não só, mas principalmente) com as figuras de estilo que se aplicam exaustivamente na análise dos textos literários com que os alunos se deparam nas aulas.
E esta questão levanta outras igualmente interessantes.
Como cada qual descodifica o que vê/lê de acordo com aquilo que lhe faz mais sentido, é natural que as interpretações possam divergir entre indivíduos.
Mas uma vez mais a sociedade (neste caso a escola) força-nos a expressar de um modo padronizado aquilo que vemos. A tal ponto que passamos a adquirir uma tendência para analisar de um modo semelhante novas obras. Passamos a ter uma mente moldada pela estrutura vigente. Mas o facto de aprendermos esta capacidade comum, enriquece certamente o nosso conhecimento e capacidade de análise.
O exemplo que eu refiro funde-se (não só, mas principalmente) com as figuras de estilo que se aplicam exaustivamente na análise dos textos literários com que os alunos se deparam nas aulas.
E esta questão levanta outras igualmente interessantes.
Qual o processo que faz com que uma sociedade inteira active de um modo instantâneo um esquema cognitivo relacionado com um determinado conceito?
E como é feito esse moroso processo de aprendizagem, transmitido pelas gerações?
Como se conseguiu que uma multidão tenha a mesma noção do conceito “poder”?
E porque há variações no modo como explicitamos um conceito ao longo da História?
Serão os neologismos um modo de formatar o pensamento das próximas gerações?
Nós próprios estamos contaminados com a herança linguística dos nossos antepassados; ao usarmos a linguagem deles, conformamo-nos com o seu pensamento. Tornamo-nos previsíveis por isso.
Mas há algo que ultrapassa isto e nos dá a hipótese de sermos totalmente inovadores durante breves momentos: a mente de cada um. Parte do pensamento de algumas pessoas liberta-se das amarras sociais e reconstrói-se de um modo totalmente independente. E isso é algo que valorizo num ser humano.
E eu? Porque não escrevi este texto recorrendo a algarismos? Sim, vou fazer isso antes de divulgar este texto.
Mas há algo que ultrapassa isto e nos dá a hipótese de sermos totalmente inovadores durante breves momentos: a mente de cada um. Parte do pensamento de algumas pessoas liberta-se das amarras sociais e reconstrói-se de um modo totalmente independente. E isso é algo que valorizo num ser humano.
E eu? Porque não escrevi este texto recorrendo a algarismos? Sim, vou fazer isso antes de divulgar este texto.
1 comentário:
Obrigado por aprofundares os meus posts! :)
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