Cada vez mais ponho em evidência mental os conceitos de “equifinalidade” e “multifinalidade”. Sim... Bertalanffy criou uma daquelas teorias que eu pensava que eram apenas para decorar, mas que acabou por se tornar involuntariamente numa ferramenta útil para a minha habitual avaliação do quotidiano: um pequeno mas importante desporto a que recorro. Uma actividade que pode ser muito perigosa e auto-destrutiva por vezes. Desconheço ainda as regras pela qual ela se rege.
Houve uma altura na minha vida em que comecei a pensar que talvez houvesse certos momentos em que as pessoas exagerassem aquilo que realmente sentiam. O motivo para o fazerem? Não o sabia. Ainda hoje não o sei. Cada qual terá as suas razões secretas para o fazer.
O que despoletou em mim esse pensamento foi um intercâmbio que tive com uma turma de uma escola secundária nacional. Na primeira fase dele, a minha turma foi morar durante três ou quatro dias nas casas dos alunos da outra turma. Repito: três ou quatro dias, numa cidade diferente e relativamente distante, em que as únicas caras familiares são as que se vêem sempre que as actividades lectivas englobavam as duas turmas. Após esse tempo, cada um de nós estaria a cargo do aluno responsável por nos alojar.
Para mim esses dias foram extremamente desgastantes e deprimentes. Ansiava pelo regresso a casa, onde me esperava o conforto da rotina que gostava de ter na altura. O mesmo não se passou com outras pessoas da turma. Ao fim desses três ou quatro dias, alguns deles tiveram a necessidade de mostrar ao mundo as lágrimas que a despedida lhes trazia.
Acredito que talvez num ou noutro caso as lágrimas se tenham devido a paixões fracas que a distância se encarregaria de dissolver mais tarde. Repito: num ou noutro caso. Não na maioria dos casos. Então porquê de tudo isto? Porquê fingir uma ligação forte inexistente? Não havia ali alívio por se voltar a casa? Todos nós sabíamos que não nasceriam grandes frutos daquela experiência.
Que razões pessoais levaram àquela equifinalidade: vários motivos levaram ao mesmo resultado de choro e tristeza superficial.
Porque está disseminado este fenómeno? Não me refiro a casos de intercâmbio, mas sim à superficialidade de certos comportamentos. Por que razão o repetimos em variados contextos?
Houve uma altura na minha vida em que comecei a pensar que talvez houvesse certos momentos em que as pessoas exagerassem aquilo que realmente sentiam. O motivo para o fazerem? Não o sabia. Ainda hoje não o sei. Cada qual terá as suas razões secretas para o fazer.
O que despoletou em mim esse pensamento foi um intercâmbio que tive com uma turma de uma escola secundária nacional. Na primeira fase dele, a minha turma foi morar durante três ou quatro dias nas casas dos alunos da outra turma. Repito: três ou quatro dias, numa cidade diferente e relativamente distante, em que as únicas caras familiares são as que se vêem sempre que as actividades lectivas englobavam as duas turmas. Após esse tempo, cada um de nós estaria a cargo do aluno responsável por nos alojar.
Para mim esses dias foram extremamente desgastantes e deprimentes. Ansiava pelo regresso a casa, onde me esperava o conforto da rotina que gostava de ter na altura. O mesmo não se passou com outras pessoas da turma. Ao fim desses três ou quatro dias, alguns deles tiveram a necessidade de mostrar ao mundo as lágrimas que a despedida lhes trazia.
Acredito que talvez num ou noutro caso as lágrimas se tenham devido a paixões fracas que a distância se encarregaria de dissolver mais tarde. Repito: num ou noutro caso. Não na maioria dos casos. Então porquê de tudo isto? Porquê fingir uma ligação forte inexistente? Não havia ali alívio por se voltar a casa? Todos nós sabíamos que não nasceriam grandes frutos daquela experiência.
Que razões pessoais levaram àquela equifinalidade: vários motivos levaram ao mesmo resultado de choro e tristeza superficial.
Porque está disseminado este fenómeno? Não me refiro a casos de intercâmbio, mas sim à superficialidade de certos comportamentos. Por que razão o repetimos em variados contextos?
1 comentário:
porque em todo o lado há pessoas boas. pessoas que gostaríamos de conhecer melhor, que gostaríamos que fizessem parte do nosso quotidiano. quando nos movemos, encontramo-las, e creio que choramos pela impossibilidade de uma continuidade que desejaríamos. choramos por essa impossibilidade, e deixamos de o fazer quando ela se enfraquece e se dissolve em minutos que pertencem a outros dias. não choramos pela perda, choramos pela impossibilidade que nos traz o voltar ao normal...
o conforto de casa nem sempre é assim tão desejado, por vezes chega a abafar, a esganar. quando choramos, choramos a angústia de o saber.
creio eu, claro.
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