Às vezes parece que não é amante que queres ser, mas criador.
Não digo isto apenas relacionado com este post. Presumo que neste, pelo menos um dos aspectos fulcrais seja exactamente a impossibilidade da outra pessoa partilhar a mesma paixão contigo, devido a determinadas razões que preferiste não partilhar.
Em relação ao modo como falas do acto de te apaixonares, dá a ideia de que é algo muito consciente e racional, quando na verdade nem sequer temos poder para controlar o que sentimos relativamente a alguém. Fosse fácil escolhermos por quem nos apaixonamos e estariamos todos bem melhores. Acredito que até certo ponto o podemos fazer, mas só no sentido em que somos nós que nos permitimos estar dispostos/receptivos à paixão. O problema é que quando o fazemos nem sempre sabemos das consequências que advêm dessa decisão. Não sabemos o que se relaciona com essa receptividade. Porque, uma vez dispostos a apaixonarmo-nos, não controlamos a intensidade da paixão, as situações em que nos apaixonamos, e... a pessoa? Conseguiremos escolher a pessoa por quem nos apaixonamos e depois somos incapazes de inverter o processo caso queiramos? ou realmente não conseguimos escolher? Ai... não sei. Só sei (ou julgo que sei) que essa idealização da perfeição elevar-te-á sempre as expectativas em demasia, impedindo-te de sentires o que procuras. A perfeição, a meu ver, não está na outra pessoa, mas na forma como a vês, ou seja, em ti. Tinhas razão quando disseste que a perfeição pode existir. Agora concordo contigo, mas com a condicionante de que ela apenas existe se nós formos capazes de aceitar a imperfeição.
Sabes que mais?... escrevi, pensei, reescrevi, quase desisti e acabo com a sensação de que não disse nada do que desejava. Talvez porque não tenha uma opinião forte bem formada. De qualquer das maneiras, não apago e deixo-te ler os meus devaneios. Espero que encontres algo de útil nesse emaranhado.
1 comentário:
Às vezes parece que não é amante que queres ser, mas criador.
Não digo isto apenas relacionado com este post. Presumo que neste, pelo menos um dos aspectos fulcrais seja exactamente a impossibilidade da outra pessoa partilhar a mesma paixão contigo, devido a determinadas razões que preferiste não partilhar.
Em relação ao modo como falas do acto de te apaixonares, dá a ideia de que é algo muito consciente e racional, quando na verdade nem sequer temos poder para controlar o que sentimos relativamente a alguém. Fosse fácil escolhermos por quem nos apaixonamos e estariamos todos bem melhores.
Acredito que até certo ponto o podemos fazer, mas só no sentido em que somos nós que nos permitimos estar dispostos/receptivos à paixão. O problema é que quando o fazemos nem sempre sabemos das consequências que advêm dessa decisão. Não sabemos o que se relaciona com essa receptividade. Porque, uma vez dispostos a apaixonarmo-nos, não controlamos a intensidade da paixão, as situações em que nos apaixonamos, e... a pessoa? Conseguiremos escolher a pessoa por quem nos apaixonamos e depois somos incapazes de inverter o processo caso queiramos? ou realmente não conseguimos escolher?
Ai... não sei. Só sei (ou julgo que sei) que essa idealização da perfeição elevar-te-á sempre as expectativas em demasia, impedindo-te de sentires o que procuras. A perfeição, a meu ver, não está na outra pessoa, mas na forma como a vês, ou seja, em ti.
Tinhas razão quando disseste que a perfeição pode existir. Agora concordo contigo, mas com a condicionante de que ela apenas existe se nós formos capazes de aceitar a imperfeição.
Sabes que mais?... escrevi, pensei, reescrevi, quase desisti e acabo com a sensação de que não disse nada do que desejava. Talvez porque não tenha uma opinião forte bem formada. De qualquer das maneiras, não apago e deixo-te ler os meus devaneios. Espero que encontres algo de útil nesse emaranhado.
Nhé!...
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