terça-feira, julho 25, 2006

[69 / Texto Seleccionado?]

Probably the biggest turning point in my life happened when I played a game (Wip3out). I felt I was being given the privilege of getting a glimpse of what our future should be like. Although the game doesn’t really have a plot (in fact it is a mere racing game), I got mesmerized with the concept of it: the futuristic design, the quality sound of it, the amazing atmosphere that the screenshots portray and, especially, the hope in technology as a big help for human beings. It really made me get an astonishing insight. Suddenly, all I wanted was to become a person who would perfectly fit into that advanced world. Probably it was a bit illusive, but I started selecting all my new clothes in order to wear futuristic stuff. It was definitely an hard task…
I had a revelation from it because beyond the fascination with the game, I started analyzing the world in a different way: people seemed to be happy by just following everyone else’s steps. It became clear to me that almost no one dares to achieve success in the creativity field.
I was getting filled with innovative ideas in several areas; one of them is music. I started composing electronic songs (as well as the corresponding videos) in my mind and I really wanted to get an idea of how to bring those songs into reality… Those were songs which wouldn’t fit any genre I’ve ever heard before.
I wanted to spread my insight, so maybe I could trigger independent creativity on someone else’s mind. I felt the urge of being seen as someone who was no longer belonging to the grey crowd.
As our face is our own “busyness card”, I found it to be the perfect place to show what’s on my mind, so I started drawing futuristic design on my face.
A few weeks later I realized that my transparency wasn’t really welcome in my social background (or should I say that I tasted the corrosive flavour of social coercion?). I went back to my cocoon and stayed there for months.
Today I’m a grey guy in the crowd, who still loves to experience freedom in the form of innovative thoughts; the mind became my favourite playground.
Currently I’m studying Psychology at the university and I like to take experimental pictures.
But one thing is certain: if one day I get the chance to be taught all the tricks of how to create quality electronic music, I’ll follow that dream.
After all I’ve learnt that people only get the legitimacy of being a bit eccentric/visionary when they become famous…

João Gil Martins
Portugal

segunda-feira, julho 24, 2006

[68 / Screwing A Group Up]

Para o observador externo, um grupo parecer-lhe-á sempre mais coeso do que ele é na realidade. A partir do momento em que se tornasse um membro atento, iria notar rapidamente que a sua constatação estaria errada.
Iria deparar-se com as resistências pessoais que cada membro tem para com as tomadas de decisão grupais. Iria constatar que há reservas nas palavras que um elemento diz a outro, de modo a camuflar a globalidade da sua opinião acerca deste.
De fora, à distância da imperceptibilidade do conteúdo das palavras proferidas por cada membro, e por muito bem que o observador saiba ler os lábios mudos de alguém, a engrenagem parece estar a funcionar na perfeição, mas os actores sociais que integram a dinâmica grupal, são dotados de individualidade (para o bem e para o mal), estando mais aptos para assinalarem/assinarem as falhas existentes. Só cada um deles sabe como realmente percepciona determinados momentos vividos em comum. E é aí que podem surgir (e mais tarde intensificarem-se/auto-cumprirem-se) as distorções interpretativas.
Mas o que considero desastroso num grupo não é tanto isso. Só tem distorções interpretativas quem não possui tacto, e isso só depende de cada um.
O veneno num grupo envolve os conceitos científicos de ingroup e outgroup (mal sabiam os criadores desses conceitos, que um dia, um estudante de licenciatura, iria usar esses dois conceitos para explicar o fosso em que qualquer grupo se arrisca a cair).

Ingroup _ sentimento de pertença ao grupo
Outgroup _ os outros grupos que não o(s) do indivíduo

Ávidos de conseguirem melhorar a produtividade nas organizações, os responsáveis pela ascensão destes conceitos, referiram-se a eles tendo por base o grupo no seu todo. Mas e se os usarmos a um nível micro? Não conseguem explicar tão bem os problemas que se instalam numa interacção intra-grupal? Sou apologista do “sim!”.
Por exemplo, num determinado grupo em que as saídas são irregulares quanto à assiduidade dos seus membros, haverá certamente momentos em que todos os elementos se encontrem, mas devido à incompatibilidade de horários/vontades, haverá outros tantos momentos nos quais apenas metade (ou menos que isso) dos indivíduos se encontrem. São estes últimos que potenciam a possibilidade de se tentarem criar micro ingroups : os membros que estão em interacção (seja numa díade ou numa tríade) podem tentar valorizar a sua cumplicidade, recorrendo à análise crítica negativa face aos atributos de outros elementos ausentes. Deste modo, favorece-se um novo ingroup de dimensões mais reduzidas, fazendo com que os outros elementos do grupo sejam vistos como outgroup. A partir desse momento, é difícil travar a avalanche crítica. Mas é um esforço a que todos os membros se devem submeter caso queiram evitar a tensão no grupo.

terça-feira, julho 11, 2006

[67 / Massive Attack]

Há poucas horas estava eu no Coliseu do Porto a ver os Massive Attack.
Se houver próxima vez, espero estar na primeira fila (tal como aconteceu há três anos).

Momento alto do concerto de 2003: Teardrop.
Momentos altos do concerto de 2006: Angel + ver o Daddy G passar inesperadamente ao meu lado enquanto estava na fila para adquirir os bilhetes.

[66 / Eyes Shut (or) The Fit Pieces Of A Puzzle]

É estranho apercebermo-nos que algumas pessoas conseguem construir uma visão distorcida acerca dos outros e depois agem em função da ilusão que teimam em ver. (Sim, é verdade que não sou manifestamente
É uma falsa clarividência que conduz a diversos erros e pode trazer variadas consequências... _humilde. Nem serei, porque nunca vi ninguém
Realmente, o que vemos ao espelho não é exactamente o mesmo que os outros vêem em nós. ____sentado na mesma pedra onde eu estive e
E as coisas complicam-se profundamente quando se faz a mesma comparação, mas a nível de personalidade. ___poderei estar novamente.
Aí os tiros no escuro raramente acertam no alvo. _____Para quando está
Há que intervir-se neste tipo de processos antes que seja tarde demais.
E certos pensamentos não devem nunca ser transmitidos para o exterior. agendada a construção de uma ponte segura para esta ilha que
Cresce a olhos vistos esta cumplicidade para comigo mesmo.eu sou? Será
O interno é realmente uma dádiva. _____ uma ponte que une duas ilhas
Torna-se o meu recreio favorito. _________ mutuamente interessadas?)

segunda-feira, julho 03, 2006

[65 / Locked Folder]

Por vezes gostava de ter acesso a uma hipotética lista que incluísse bastante informação acerca de todas as pessoas que já se sentiram atraídas por mim.
Provavelmente iria ficar surpreendido com o seu reduzido número de páginas. Ou talvez por outro lado ficasse impressionado com alguns dos nomes que nela constassem...

Why is it so hard to read everybody's emotional intentions?