Imagino-te. Sobrevalorizo-te. Idealizo-te. Sonho-te. Reforço-te. Enalteço-te. Profetizo-te.
Procuro-te.
Desencontro-te.
Não existes no meu mundo social. Não te sei ver. Não te sei ler. Não te sei.
Existes no meu mundo social? Então porque não te vejo? Porque te escondes? Porque não me conheces? Porque não tens acesso à minha essência? Porque sucumbimos ao terror da solidão emocional?
Não existes no meu mundo social. Apenas no meu mundo imaginário; naquele mundo em que as facilidades são uma constante e o festival rotineiro da proximidade física em contingência com a distância emocional é abolido impiedosamente; naquele mundo tão silencioso e intransmissível que facilmente se evapora quando sente a presença da curiosidade irresponsável do mundo externo.
Evaporo-te. Condensas-te. Quero solidificar-te. Gaseificas-te.
Ambos peões neste jogo da supressão do íntimo.
Um exercício de vazios.
Tento conformar-me à tua presença etérea frágil; à tua inexistência no mundo dos lábios que se tocam, dos olhos que se humidificam, das respirações que se aceleram, dos cérebros que se inundam de serotonina.
Não existes no meu campo visual. Ou será que existes?
Alcanço-te? Ignoro-te? Venero-te? Afasto-te?
Perguntas sem resposta.
Tens tanto para oferecer(-me). Será tão pouco o que verei.
O que verás de mim? O que verei de ti? Apenas o teu movimento: aquilo que o teu cérebro me irá mostrar; aquilo que irás ver de mim; aquilo que os nossos sistemas nervosos mostrarão ao mundo, ignorando as consequências nefastas de guardarem para si próprios a actividade mental que nos permitiria descobrir a beleza da nossa consistência.
Tanta actividade cerebral nobre posta em prática e no entanto apenas uma parte banal é deliberadamente exteriorizada.
Quando te encontrarei, cérebro sublime? Quando te mostrarás na tua globalidade?
Procuro-te.
Desencontro-te.
Não existes no meu mundo social. Não te sei ver. Não te sei ler. Não te sei.
Existes no meu mundo social? Então porque não te vejo? Porque te escondes? Porque não me conheces? Porque não tens acesso à minha essência? Porque sucumbimos ao terror da solidão emocional?
Não existes no meu mundo social. Apenas no meu mundo imaginário; naquele mundo em que as facilidades são uma constante e o festival rotineiro da proximidade física em contingência com a distância emocional é abolido impiedosamente; naquele mundo tão silencioso e intransmissível que facilmente se evapora quando sente a presença da curiosidade irresponsável do mundo externo.
Evaporo-te. Condensas-te. Quero solidificar-te. Gaseificas-te.
Ambos peões neste jogo da supressão do íntimo.
Um exercício de vazios.
Tento conformar-me à tua presença etérea frágil; à tua inexistência no mundo dos lábios que se tocam, dos olhos que se humidificam, das respirações que se aceleram, dos cérebros que se inundam de serotonina.
Não existes no meu campo visual. Ou será que existes?
Alcanço-te? Ignoro-te? Venero-te? Afasto-te?
Perguntas sem resposta.
Tens tanto para oferecer(-me). Será tão pouco o que verei.
O que verás de mim? O que verei de ti? Apenas o teu movimento: aquilo que o teu cérebro me irá mostrar; aquilo que irás ver de mim; aquilo que os nossos sistemas nervosos mostrarão ao mundo, ignorando as consequências nefastas de guardarem para si próprios a actividade mental que nos permitiria descobrir a beleza da nossa consistência.
Tanta actividade cerebral nobre posta em prática e no entanto apenas uma parte banal é deliberadamente exteriorizada.
Quando te encontrarei, cérebro sublime? Quando te mostrarás na tua globalidade?