sábado, maio 26, 2007

[105 / Fly Higher, Fall Deeper]

Há segundos no espectro temporal das nossas vidas que podem ser ocupados em actividades emocionais fascinantes.
A nobreza de uma experiência de ponto máximo só pode ser equiparada à glória do momento de lucidez que faz desabar a ilusão e nos leva a encarar a crua realidade em todo o seu esplendor, oferecendo-nos uma viagem gratuita ao mundo da depressão.
São duas versões opostas que implicam os mesmos níveis de actividade intelectual e emocional.

terça-feira, maio 22, 2007

[104 / A Gradual Construction]

Este é o dia no qual começo a desenvolver uma actividade há muito esquecida por mim: seleccionar e ordenar palavras. Um gesto que, talvez num dia longínquo, se possa vir a traduzir num objecto chamado "livro".

terça-feira, maio 08, 2007

[103 / The Broad Span Of The Human Possibilities]

Deste lado da parede de um prédio escreve-se em silêncio no computador.
Do outro lado da parede não.
A infantilidade em corpos adultos deixa-se mostrar.
Bebe álcool.
Faz sons guturais.
Interage com outros seres humanos em estado infantil.
Regorgita palavras de intelectualidade incandescente, alimentando a discussão neo-filosófica existente entre eles: “Ó filha dá putá. Hehehe.”, “Parece um chupa-cabras. Hehehe.”, “Vai pó cárálho, ó filha dá putá”.
Silêncio.
A campainha toca repetidamente.
Silêncio.

A questão da diversidade humana. Uma vez mais.

domingo, maio 06, 2007

[102 / Fallen Arms]

(Parte 1)
Na busca por sermos bons em toda a nossa globalidade, sempre que as conversas se debruçam sobre aspectos em que temos pouca (ou mesmo nenhuma) competência/experiência, ficamos com uma noção das nossas limitações a esse nível.
Mas há falhas que podem ser colmatadas. Outras não.
Ah, como eu gostava de poder participar naturalmente nessas conversas; poder dar contributos pessoais; sentir emoções durante os momentos em que as possibilitam e poder descrevê-las. Ah, como eu gostava de deixar de ser o mero ouvinte com um sorriso que esconde o desejo de passar a ser o orador.
Um mundo desconhecido para mim… E quantas vezes desejei que assim não o fosse… E a esmagadora certeza de que esta será uma constante na minha vida…

É o todo que não pode ignorar a parte. É a parte que controla o todo. É o todo que se submete à parte. É a parte que abate o todo.

(Parte 2)
(Somewhere else)